Chico Ribeiro/Portal MS
Combate as queimadas realizado no Pantanal
Mato Grosso do Sul vive um período crítico devido a ocorrência de incêndios florestais, na última segunda-feira (3) o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, declarou estado de emergência ambiental pelo prazo de 180 dias em todo o estado. Nessa perspectiva, o Corpo de Bombeiros está promovendo ações de prevenção e conscientização, com intuito de evitar queimadas nas áreas urbanas e nas propriedades rurais de MS.
O Corpo de Bombeiros desenvolveu um Plano de Prevenção e Combate a Incêndios que consiste em traçar estratégias, preparar equipes e realizar o reconhecimento das áreas por terra, água e ar. Conforme a instituição nos períodos de estiagem os incêndios tomam proporções descontroladas, podendo devastar a vegetação e matar animais, em especialo na região do Pantanal.
Em 2020, as queimadas atingiram cerca de 30% do território do pantanal, o que corresponde a uma área de 4,344 milhões de hectares. Somente em Mato Grosso do Sul 1,944 milhão de hectares foram devastados, enquanto em Mato Grosso os incêndios florestais destruíram 2,399 milhões de hectares.
Governo do Estado de MS, anunciou que investirá R$ 53 milhões em infraestrutura, para prevenir a ocorrência de incêndios e adquirir novos equipamentos. Também foi comunicado a publicação de um edital que prevê a compra de uma aeronave preparada para combater as queimadas.
Sargento do 5º Subgrupamento de Bombeiros (SGBM) de Coxim, Tiago Jahn explica que uma das maiores preocupações são os incêndios em propriedades rurais, por isso são desenvolvidas ações de orientação e a instalação de aceiros ao longo das propriedades com objetivo de prevenir queimadas. “É importante que o fazendeiro já trabalhe com essa ideia porque ele sabe que nesta época o incêndio acontece. Então, é preciso ter uma atenção redobrada agora, para que nos meses de julho e agosto, quando se intensificam os números das queimadas, o trabalho feito lá no início, que é a realização dos aceiros, ajude a diminuir o alastramento desse fogo”, ressaltou via assessoria.
Eduardo Ferreira Coutinho, coordenador das atividades rurais do Sindicato Rural de Coxim, destaca que durante o período de seca muitos produtores realizam o aceiro em suas propriedades. “Muitos têm maquinário próprio e já realizaram o trabalho de prevenção na sua propriedade e os que não têm maquinário emprestam dos que têm. Eles sempre fazem esse trabalho em conjunto, estão sempre em contato realizando esse trabalho de cuidado e prevenção”, explicou via assessoria.
As consequências da prática das queimadas em terrenos urbanos são ainda mais perigosas durante a pandemia, de acordo com a assessoria os incêndios afetam diretamente a saúde da população, principalmente crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios.
Jahn reforça a importância da conscientização da população, segundo ele a fumaça dos incêndios ocasiona o agravamento dos problemas de saúde. “As queimadas que acontecem nas cidades, mais de 90% são causadas por pessoas que querem se livrar de lixo e animais peçonhentos. Porém, é a fumaça que agrava a saúde das pessoas. Percebemos um aumento considerável nos atendimentos com pessoas que têm problemas de saúde pulmonar e rinite e consequentemente os hospitais têm aumento para esse atendimento”, finalizou via assessoria.