Estudo realizado por pesquisadores do Projeto Corredor Bioceânico da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) irá fornecer subsídios para o desenvolvimento do setor turístico contribuindo para a construção do Plano Municipal de Turismo do município de Porto Murtinho em MSl.
O Coordenador do Projeto, Erick Wilke e a professora da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Débora Fittipaldi, integram o projeto no Eixo de Turismo e estiveram em Porto Murtinho nos dias 25 e 26 de fevereiro, na ocasião foi realizado um levantamento de dados e avaliado as atividades turísticas no município. Também participaram da visita técnica os acadêmicos Luiz Augusto Silva e Júlia Montes do curso de Turismo da UFMS. Conforme a assessoria os recursos que viabilizam a pesquisa são oriundos de emenda parlamentar do deputado federal Vander Loubet (PT/MS).
Em decorrência da pandemia da Covid-19, os encontros foram divididos em dias e horários diferentes para evitar aglomeração, com apenas 1 representante de cada área e uso obrigatório de máscaras. Erick Wilke explica a relevância do projeto. “No encontro tivemos a oportunidade de conhecer e conversar com essas pessoas. Ouvimos as dificuldades e os anseios de cada segmento e das comunidades locais e também apresentamos dados sobre o Corredor Bioceânico, porque muitas pessoas desconhecem o que a rota representa de fato, e falamos sobre as oportunidades e desafios para o turismo no município, e a necessidade de se organizar para a recepção de um fluxo maior de pessoas”, ressaltou o coordenador via assessoria.
Foram realizadas reuniões com representantes de diversas instituições, como a Associação de Pescadores e Piloteiros, empresários de diferentes segmentos como hotéis, ranchos, pousadas, restaurantes, casas de aluguel, transporte turístico, artesãos locais, feirantes e representantes do poder público. Entre os representantes do poder público presentes na reunião estavam a vice-prefeita de Porto Murtinho, Eliane Rios de Almeida, as turismólogas Annie Diaz, Gilka Netto e Silvia Pinese, a bióloga Regina Salazar e o psicólogo Hugo Diaz.
O pesquisador Erick Wilke reforçou a importância da formação de associações. “Conversamos sobre a organização desses segmentos em associações para que eles possam participar do Conselho Municipal de Turismo e contribuir com o Plano Municipal de Turismo, que em breve deve ser constituído”, destacou Wilke.
Débora Fittipaldi explica como o projeto beneficiará o turismo local. “Além de identificar potencialidades e desafios para o turismo, o levantamento que estamos realizando a partir da rota bioceânica vai trazer respostas para questões que serão abordadas no Plano Municipal de Turismo do município”, explica a professora e pesquisadora Débora Fittipaldi Gonçalves (UEMS).
A pesquisadora enfatiza que o município possui potencial para expandir o setor turístico. “Há possibilidades para o turismo de observação de aves, para o turismo de experiência, de elaboração de city tour e do turismo gastronômico, por exemplo. Em Porto Murtinho, tem uma fruta típica local, que é o greifo, e há diversas receitas com essa fruta que podem contribuir para o aprimoramento do turismo gastronômico”, avaliou via assessoria.
O Projeto de Pesquisa e Extensão Corredor Bioceânico coordenado pelo Prof. Dr. Erick Wilke, da Escola de Administração e Negócios (Esan/UFMS), consiste na criação de uma rota rodoviária que permitirá a conexão viária entre o Centro-Oeste brasileiro e os portos chilenos de Antofagasta e Iquique, no Pacífico. O trajeto passará por cidades do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.